A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado de São Paulo vai lançar um programa voltado à observação da fauna silvestre em parques urbanos. A iniciativa, desenvolvida pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), por meio da Diretoria de Biodiversidade e Biotecnologia (DBB) e da Diretoria de Parques Urbanos (DPU), estreia no Parque Ecológico do Tietê – Núcleo Engenheiro Goulart, com atividades diurnas.
O objetivo do programa é aproximar a população da natureza, incentivar a educação ambiental e promover a valorização da biodiversidade urbana. Para as visitas, serão fornecidos binóculos, lanternas de cabeça e lupas – que deverão ser devolvidos ao final das atividades – aos participantes, que poderão observar aves, pequenos mamíferos, insetos e outros animais silvestres que habitam os parques.
“Os parques urbanos não são apenas espaços de lazer: eles são habitat natural, refúgios importantes para a fauna nativa e oportunidades educativas riquíssimas. Ao observar os animais que vivem nesses locais, os visitantes passam a entender melhor o papel da natureza no cotidiano das cidades e a importância de protegê-la”, afirma Patrícia Locosque Ramos, diretora da DBB.
Além de promover a conexão com a natureza, o programa também tem caráter científico e de conservação das espécies. Os dados obtidos durante as atividades de avistamento serão usados para monitorar a diversidade da fauna local e estimular práticas comunitárias de preservação ambiental.
Uma das plataformas utilizadas para armazenar as imagens é o iNaturalist. A ferramenta é gratuita e permite que qualquer pessoa registre e compartilhe fotos -acompanhadas das respectivas localizações geográficas – de espécies observadas em qualquer lugar do mundo. Especialistas auxiliam na identificação dos registros, que ficam disponíveis para a sociedade.
Para participar, basta acessar o site www.inaturalist.org ou baixar o aplicativo iNaturalist no celular, criar um perfil e se juntar ao programa. A iniciativa também reforça a importância do uso responsável da plataforma e o respeito às normas dos parques: não deixar resíduos, não coletar organismos vivos e não alimentar os animais silvestres.
Agendamento
A participação nas atividades é gratuita, mas requer agendamento prévio, devido à limitação do número de pessoas por horário. Escolas e visitantes do parque poderão se inscrever diretamente com a administração local.
No caso do Parque Ecológico do Tietê, o agendamento é obrigatório para grupos escolares ou de observadores durante a semana (de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 16h). As solicitações podem ser feitas pelo e-mail [email protected], pelos telefones (11) 2823-2250 / 2266 ou presencialmente na administração do parque. Já aos finais de semana, não é necessário agendamento: basta comparecer entre 10h e 15h, procurar a equipe do parque para retirar o material (como binóculo) e participar da atividade, que também será acompanhada por monitor ambiental.
“Queremos que os parques sejam cada vez mais reconhecidos como espaços vivos, onde é possível aprender, se encantar e participar ativamente da conservação ambiental. O programa reforça o papel dos parques urbanos como locais de convivência e também de respeito à vida silvestre”, destaca Ana Seabra, diretora da DPU.
O programa terá início na segunda quinzena de julho, aproveitando o período de férias escolares para estimular ainda mais a participação de crianças, jovens e famílias. A ação será levada gradativamente para outros oito parques urbanos da capital e região metropolitana.