Na 37ª posição, São Paulo é top 40, pelo terceiro ano consecutivo, na mais nova edição de um dos rankings de empresas inovadoras mais importantes do mundo, o Global Startup Ecosystem Report (GSER). Trata-se do único ecossistema latino-americano posicionado entre os 40 mais importantes do planeta, liderando a região no desempenho geral. O ranking organiza a classificação por cidades. No entanto, a maioria dos ambientes da capital considerada para o levantamento pertence ao Sistema Paulista de Ambientes de Inovação (Spai), política pública da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI), do Governo do Estado de SP. O dado está sendo divulgado nesta quinta-feira (12) na VivaTech Week, em Paris, França, evento com participação do secretário da SCTI, Vahan Agopyan.
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O GSER é de responsabilidade da Startup Genome, organização líder mundial em desenvolvimento de ecossistemas de inovação, em parceria com a Global Entrepreneurship Network (Rede Global de Empreendedorismo), que opera programas do setor em 200 países. Nesta edição de 2025, o levantamento mostra que a Cidade do México lidera os ecossistemas emergentes. O ecossistema do Vale do Silício estadunidense ocupa a primeira posição.
O GSER analisa dados de mais de 5 milhões de empresas em mais de 360 ecossistemas de inovação empreendedora. O relatório classifica os 40 principais ecossistemas globais de startups, os 100 ecossistemas emergentes e apresenta classificações regionais. Pela primeira vez, o levantamento inclui o chamado “AI Factor”, que considera a corrida da transição dos ecossistemas de startups convencionais para os nativos em inteligência artificial.
Fapesp Week
Paralelamente à VivaTech Week, o secretário Vahan Agopyan participa nesta semana da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) Week França, tradicional encontro entre pesquisadores e representantes de startups de base tecnocientífica, em Toulouse. Durante essa edição do evento, os participantes destacaram que a colaboração científica entre o Estado de São Paulo e a França favorece o impacto da pesquisa realizada nas duas regiões. Edições anteriores da Fapesp Week foram organizadas em outras capitais europeias e latino americanas.
Dados mostram que essa colaboração entre os pesquisadores franceses e paulistas, em diferentes áreas do conhecimento, podem ser expressas em números bastante representativos no âmbito da academia. Como exemplo, o impacto médio considerando as citações dos artigos publicados por cientistas franceses sem a colaboração dos colegas paulistas é 1,37. Esse dado relacionado aos pesquisadores paulistas é de 1,02. Já os artigos publicados no ano passado pelos pesquisadores das duas regiões, em parceria, tiveram impacto médio de 5,2.
“A relação científica entre pesquisadores franceses e brasileiros começou em meados do século 19. Temos uma história longa, que se fortaleceu durante a década de 1930 e foi retomada com maior força no início desse século”, conta o secretário Agopyan. Ele apontou que as Fapesp Weeks são importantes para fortalecer esse laço histórico e contribuir para que a pesquisa feita em São Paulo se torne cada vez mais globalizada.