Em entrevista ao programa “SP em 3, 2, 1”, da Agência SP, a secretária de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Andrezza Rosalém, falou sobre o impacto que o Programa SuperAção SP, cujo objetivo é romper o ciclo da pobreza em todo o Estado, terá nos municípios que aderirem à ação. Segundo ela, a adesão das cidades representará um reforço direto aos serviços prestados às famílias em situação de vulnerabilidade.
“O investimento do Estado é essencial porque vai fortalecer a política de assistência social nos municípios, especialmente na proteção social básica e na política do cuidado”, disse Andrezza.
A administração estadual deu início, nesta quarta (6), ao processo de adesão dos municípios ao programa. Critérios como concentração de pobreza, Produto Interno Bruto (PIB) local e taxa de ocupação definiram os 49 municípios elegíveis nesta primeira onda do SuperAção SP.
As cidades atendidas (veja lista abaixo) concentram os maiores índices de vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, apresentam potencial de desenvolvimento socioeconômico. Cerca de 105 mil famílias, identificadas a partir de busca ativa no Cadastro Único (CadÚnico), serão beneficiadas até 2026.
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Estão sendo disponibilizados R$ 110 milhões em cofinanciamento para os municípios que aderirem ao programa. Segundo a secretária, esses recursos permitirão ampliar e qualificar serviços como os de convivência, fortalecimento de vínculos, centros para idosos e centros de referência para pessoas com deficiência. “Isso é extremamente importante para que as famílias tenham todo o suporte necessário e todo o atendimento necessário para que elas possam receber a proteção social que elas precisam”, afirmou à Agência SP.
Assista à entrevista da secretária de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Andrezza Rosalém, ao “SP em 3, 2, 1” da Agência SP
A secretária também explicou como será o processo de adesão ao programa por parte das prefeituras. “Os municípios terão até o dia 18 de agosto para manifestar o interesse em aderir ao programa. A partir daí, inicia-se todo um processo em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS) para a adesão. Os municípios terão 45 dias para se preparar e publicar o decreto instituindo o programa no município. A partir da publicação do decreto, os municípios já estão aptos a receberem a parcela de incremento cofinanciamento”, explicou.
O atendimento direto às famílias será feito por meio da atuação dos agentes de SuperAção, que irão às ruas a partir de setembro para realizar uma busca ativa. Para garantir esse acompanhamento personalizado, estão em fase de contratação os primeiros 150 agentes. Andrezza reforçou que as famílias não precisam procurar os equipamentos de assistência social para participar do programa. “Esses profissionais irão às ruas para fazer uma busca ativa das famílias que já estão inseridas no Cadastro Único. São famílias que têm renda per capita de até meio salário mínimo”, informou a secretária.
Com investimento inicial de R$ 500 milhões, o SuperAção SP reúne 29 políticas públicas de diferentes áreas em uma jornada única de atendimento, que prevê não apenas os repasses financeiros, mas também suporte técnico, capacitação, ferramentas de gestão informatizada e apoio contínuo aos municípios.
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Confira os municípios elegíveis na primeira onda do SuperAção SP:
Região Metropolitana de São Paulo: Barueri, Caieiras, Cajamar, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mauá, Osasco, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Taboão da Serra
Região Administrativa de Campinas: Americana, Araras, Cabreúva, Campinas, Cordeirópolis, Elias Fausto, Holambra, Indaiatuba, Iracemápolis, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Jundiaí, Limeira, Louveira, Mogi Mirim, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Rio Claro, Santa Bárbara D’Oeste, Santa Gertrudes, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos, Várzea Paulista, Vinhedo
Região Administrativa de Sorocaba: Itu, Mairinque, São Roque
Baixada Santista: São Vicente
Sobre o SuperAção SP
Instituído pela Lei nº 18.176/2025, o SuperAção SP é direcionado a famílias inscritas no CadÚnico com renda per capita inferior a meio salário-mínimo. O programa tem como meta atender 105 mil famílias na primeira fase, sendo 70 mil na trilha de proteção social e 35 mil na trilha de superação da pobreza, com ações que incluem diagnóstico personalizado, capacitação, suporte financeiro temporário e conexão ao mundo do trabalho.