A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), por meio de edital de chamamento, levou 10 artesãos para representar o estado de São Paulo no 19° Salão do Artesanato, que acontece até o dia 25 de maio no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, na capital. Esta é a quarta edição realizada em São Paulo.
O evento tem entrada gratuita e é uma oportunidade para os artesãos divulgarem e comercializarem seus produtos artesanais. A expectativa é atrair mais de 60 mil visitantes e movimentar R$ 6 milhões em negócios, de curto a médio prazo.
“Nós da Secretaria de Desenvolvimento Econômico incentivamos o artesanato como um valioso impulsionador da economia e é muito importante ter nossos artesãos representando o estado de São Paulo neste evento nacional”, destaca Myrian Prado, subsecretária de Empreendedorismo e Produtividade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Conheça o trabalho de algumas artesãs participantes do estande de São Paulo no 19° Salão do Artesanato:
Mel Chung
A artesã e designer de joias Mel Chung, 70 anos, recicla cápsulas de máquinas de café descartadas para produzir suas peças (colares, pulseiras e brincos) de forma sustentável.
A empreendedora, que nasceu na Coreia do Sul e mora no Brasil desde os 9 anos, considera a participação na feira uma ótima oportunidade para expor o seu trabalho e atrair novos clientes. “Aqui temos visibilidade e reconhecimento do nosso trabalho. Quero conscientizar as pessoas para impactar menos o meio ambiente. Joia não precisa ser o material, é a criação e o acabamento”, explica.
Maria do Carmo Rodriguez
A artesã Maria do Carmo Rodriguez, 56 anos, produz acessórios e itens decorativos para interiores. Ela possui um ateliê em Santana de Parnaíba, na Região Metropolitana, onde fabrica suas peças de biojoias (acessórios que utilizam material natural, como a porcelana).
“Para o artesão empreendedor, é uma oportunidade única poder vivenciar um salão desse porte, conhecer artesãos de outras regiões e aprimorar o atendimento ao público”, afirma Maria do Carmo sobre a participação na feira.
“Os visitantes daqui são o meu público-alvo, valorizam a cultura brasileira e o artesanato e estão dispostos a pagar por isso. Ano passado atendi estrangeiros e gente do país inteiro. Por isso, fiz questão de participar de novo”, finaliza.
Giovana Fortini
A história de Giovana Fortini, 58 anos, mostra que nunca é tarde para se tornar uma artesã. Ela se apaixonou pela cerâmica na década de 90 quando assistiu ao filme “Ghost – Do Outro Lado da Vida” no cinema, mas só iniciou a sua jornada no artesanato aos 50 anos. Atualmente, ela cria peças de cerâmica de alta temperatura, inspiradas na natureza marinha e nas galáxias.
“A argila é muito terapêutica, sou apaixonada. Mesmo que a pessoa não tenha experiência, cria uma conexão. Fiquei muito feliz em ser aprovada no edital e ter a oportunidade de participar dessa feira”, celebra.