O Governo de SP inicia a fase vermelha da Operação SP Sem Fogo de 2025 com anúncio de importantes inovações tecnológicas voltadas ao monitoramento e resposta às queimadas. Umas delas será a Sala SP Sem Fogo, plataforma destinada ao monitoramento dos focos de incêndio em tempo real, com emissão diária de boletins preditivos para o planejamento e coordenação das ações de resposta rápida.
Para este ano, a Defesa Civil investirá R$ 46 milhões com a entrega de 108 veículos equipados para o combate a incêndio e kits compostos por equipamentos de proteção individual e combate ao fogo distribuídos para 200 municípios prioritários. Também haverá cerca de R$ 14 milhões para contratação de aeronaves que além do emprego no combate ao fogo serão utilizadas de forma inédita para o monitoramento de áreas com maior risco a queimadas.
LEIA TAMBÉM: PM Ambiental intensifica fiscalização para prevenir incêndios florestais em todo o estado
Equipamentos de maior porte serão adquiridos pela Defesa Civil pela primeira vez. O órgão prepara a aquisição de 20 caminhões pipa, com investimento estimado em R$ 10 milhões. Estes veículos grandes são fundamentais para incêndios maiores e, também, para o abastecimento das aeronaves com água.
A Sala SP Sem Fogo, medida inspirada em boas práticas observadas durante o intercâmbio realizado pelo Coordenador Estadual da Defesa Civil, Coronel Henguel Pereira, em Portugal, em março deste ano, e que será adaptada à realidade do estado de São Paulo, permitirá o planejamento antecipado das ações de resposta e prevenção aos incêndios, sempre com pelo menos um dia de antecedência.
Com as informações geradas, gestores das unidades de conservação ambiental e equipes do Corpo de Bombeiros saberão com antecedência o período exato do próximo dia no qual o cenário estará mais crítico e, com isso, adequarão escala de serviço, aumentando o contingente disponível e o número de equipamentos nos horários prioritários.
O sistema cell broadcast, utilizado para envio de alertas severos ou extremos, também será aplicado para o período de estiagem, com disparo de alertas à população sempre que houver baixa umidade do ar ou risco de incêndio, com orientações voltadas à prevenção e saúde das pessoas.
LEIA TAMBÉM: Governo de SP bate recorde e capacita quase 3 mil agentes para enfrentamento de queimadas
Outra medida tecnológica implementada pela Sala SP Sem Fogo será o alerta de incêndio georreferenciado, gerado pelo sistema SMAC, para focos de incêndio identificados próximos às reservas florestais do estado. Sempre que os satélites apontarem um novo foco de incêndio próximo a qualquer unidade de conservação, um alerta automático será emitido ao Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil e também aos gestores do parque florestal que estiver em risco. Assim, esforços serão enviados diretamente ao ponto que coloque em risco a fauna e a flora, antes mesmo que o fogo acesse a vegetação nativa.
“Nossa viagem a Portugal permitiu uma troca de experiências extremamente relevante. Eles possuem vasto conhecimento no combate a incêndios florestais, e estamos trazendo para o estado de São Paulo o que há de mais moderno em uso na Europa. Considerando tudo o que enfrentamos no ano passado, iniciaremos a fase vermelha deste ano muito mais preparados e equipados”, destacou o Coordenador Estadual da Defesa Civil, Coronel Henguel Pereira.
Já o Esquadrão SP Sem Fogo, criado neste ano, unirá toda a frota disponível para o combate aéreo, contando com 238 drones, 24 helicópteros do Comando de Aviação da Polícia Militar, além de um helicóptero e aviões contratados pela Defesa Civil. Estes tipos de veículos foram fundamentais nos incêndios de 2024.
A Campanha SP Sem Fogo adotará mensagens voltadas à educação ambiental, com orientações para a população não queimar lixo, limpar o terreno com fogo ou jogar bituca de cigarro nas margens das rodovias. Ao todo serão distribuídos 700 mil folhetos em todo o estado, juntamente com mil faixas que serão afixadas em locais de maior circulação de pessoas, contendo mensagens educativas.
A Defesa Civil também prepara a compra de uma nova remessa do produto retardante do fogo. Com investimento projeto de R$ 4,3 milhões para a aquisição deste ano, o material será estrategicamente distribuído em depósitos localizados em todo o estado e estará disponível para uso das equipes responsáveis pelo combate às chamas. O produto, utilizado em 2024, permite a extinção de focos de incêndio em um tempo cinco vezes menor do que com o uso exclusivo de água, gerando uma economia de até 60%.
Recorde na fase de preparação da Operação
Neste ano, a Defesa Civil bateu um recorde capacitando cerca de 3 mil agentes treinados, de 600 municípios, aptos a atuarem na Operação SP Sem Fogo.
Já municípios aderentes ao Plano de Contingência para estiagem aumentou 47% na comparação com 2024, totalizando 249 neste ano, ante 169 do ano anterior.
A atuação conjunta com os municípios e outros órgãos será fundamental para a rápida identificação de focos de incêndio e uma resposta eficiente, reduzindo danos ambientais, riscos à saúde e à segurança da população.