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Governo de SP apoia vacina terapêutica para doenças causadas por HPV

15 de junho de 2025
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As doenças causadas pelo papilomavírus humano (HPV), como o câncer do colo uterino, podem ganhar um nova forma de tratamento por meio de uma tecnologia desenvolvida por pesquisadoras da startup paulista ImunoTera Soluções Terapêuticas, incubada no Eretz.bio, o hub de startups biotecnológicas do Hospital Israelita Albert Einstein.

As cientistas criaram uma vacina terapêutica, baseada em uma proteína recombinante, batizada de Terah-7, que é capaz de estimular o sistema imunológico para combater o câncer causado por HPV.

Apoiada pelo programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), a ImunoTera foi uma das dez empresas convidadas pela Fapesp para se apresentar no estande da Universidade de São Paulo (USP) na feira internacional VivaTech, um dos maiores eventos de tecnologia e de startups da Europa, que começou ontem e segue até este sábado (14) em Paris (leia mais em agencia.fapesp.br/55033).

A edição da VivaTech 2025 tem como abordagem as novas fronteiras da inovação em termos de tecnologia nas perspectivas econômica, geopolítica, social e ambiental. No ano passado, 165 mil pessoas visitaram os diversos estandes da feira.

“A participação nessa feira representa uma oportunidade para internacionalização da nossa tecnologia pela possibilidade de nos colocar em contato com investidores e possíveis parceiros internacionais que podem nos ajudar a viabilizar outras imunoterapias que estamos desenvolvendo”, diz à Agência FAPESP Luana Raposo de Melo Moraes Aps, sócia-fundadora e diretora-executiva da ImunoTera.

“Desenvolvemos a partir dessa molécula uma plataforma de vacinas terapêuticas que pode ser adaptada para o tratamento de outras doenças, como os cânceres de próstata e de mama. Também temos outras imunoterapias no nosso pipeline, como contra zika, dengue e chikungunya”, afirma a pesquisadora.

A molécula foi descoberta durante o doutorado de Moraes Aps e de projetos de pós-doutorado de suas outras duas sócias no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Ao longo dos últimos anos, passou por diversas melhorias para se chegar a uma versão otimizada. Por meio de testes in vitro, com células animais e humanas, e in vivo, com animais de experimentação, as pesquisadoras constataram que a molécula é capaz de regredir tumores ou doenças associadas ao HPV, impedindo recidivas e metástase.

“Percebemos que a molécula é capaz de ativar o sistema imunológico tanto em células animais como em humanas e também regredir tumores em animais de experimentação”, afirma Moraes Aps.

“Outra descoberta durante esses ensaios foi que a molécula apresenta sinergismo com a quimioterapia, o tratamento padrão de câncer do colo uterino causado por HPV”, diz a pesquisadora.

A molécula também foi testada em pacientes, por meio de estudos conduzidos no Hospital das Clínicas e no ICB-USP. Os resultados revelaram a capacidade da proteína recombinante de ativar o sistema imune de pacientes diagnosticadas com neoplasias no colo uterino e de regredir as lesões na maioria das pacientes tratadas.

“Com esses resultados, conseguimos melhorar a molécula. Hoje temos uma versão otimizada, mais eficaz e com maior rendimento, e estamos prontas para continuar a jornada regulatória e fazer estudos clínicos em pacientes”, conta Moraes Aps.

Transferência de tecnologia

O percurso de um produto biológico como o que a ImunoTera está desenvolvendo é complexo, tanto em relação às certificações regulatórias como aos desafios tecnológicos. “Hoje nossa expectativa é finalizar os estudos não clínicos de toxicidade até 2027 para iniciarmos os estudos clínicos a fim de confirmar a segurança e a eficácia da vacina terapêutica em pacientes com neoplasias no colo uterino”, detalha.

As pesquisadoras pretendem, ao final desse processo, licenciar e transferir a tecnologia – preferencialmente para uma indústria farmacêutica multinacional com capacidade de produzir a molécula em larga escala e comercializá-la.

“Vemos que há um mercado global a ser explorado com essa molécula. Por isso, nossa ideia inicial é transferir a tecnologia. Para isso precisamos, pelo menos, comprovar sua segurança e eficácia em estudos clínicos”.

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