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Família do Moinho opta por tranquilidade do interior e muda para apartamento viabilizado pela CDHU em Campinas

7 de agosto de 2025
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A oportunidade de mudança de vida almejada por Maria Aparecida Almeida Neta finalmente se concretizou na manhã desta quinta-feira (7), dia em que ela se mudou para seu novo lar, no município de Campinas, e deixou para trás a realidade precária e insalubre na Favela do Moinho. A manicure de 34 anos e seu filho, o pequeno Kauã Almeida, de 8 anos, são os primeiros a se mudar definitivamente para um imóvel no interior de São Paulo desde que as mudanças das famílias começaram a ser realizadas em abril deste ano pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), responsável por estruturar todo o plano de reassentamento da área.

Com cerca de 64 m², distribuídos entre sala, cozinha, banheiro e dois quartos, além de varanda e área de serviço, o apartamento escolhido por Maria Aparecida irá proporcionar mais conforto, dignidade e segurança à família. “Meu maior sonho de vida era ter a minha casa própria, porque você pode viajar o mundo, mas se tiver uma casa, tem para onde voltar. O apartamento é do jeito que eu queria, com todos os detalhes. Quando eu entrei pela primeira vez, sabia que era uma realização total para mim e continua sendo. Cada vez que eu lembro que agora é meu, é um prazer que em palavras eu não consigo nem explicar o quanto estou feliz”, comemora Maria ao entrar no apartamento para ficar permanentemente.

A realidade vivenciada no Moinho, ainda segundo relata a manicure, era diferente da que agora ela passa a desfrutar. Na comunidade, onde morava há 17 anos, vivia com o filho em apenas um cômodo, numa moradia precária feita de madeira. “Era difícil para construir, para ter acesso à água e energia. Vivíamos tendo problemas com isso, quando não eram os incêndios ou muitas outras coisas. Eu presenciei, pelo menos, três incêndios de grandes proporções lá dentro, por isso eu tenho pavor de fogo até hoje ou de qualquer coisa que possa explodir. Ninguém tinha paz, não era só eu, era muita gente”, conta ela sobre a vivência na antiga comunidade.

Além do alto risco de incêndios, os moradores também conviviam com a presença frequente de animais peçonhentos, como ratos, baratas e até mesmo escorpiões, um dos quais chegou a picar Maria. “Ele estava dentro da roupa do meu filho pequeno e me picou quando fui tirar ela do varal, que ficava do lado dos trilhos, porque minha casa era virada para a linha do trem. Conviver com rato e barata já era até comum, mas escorpião foi novidade para mim”, conta.

Quando os atendimentos habitacionais iniciaram, Maria optou pela Carta de Crédito Individual (CCI). Essa modalidade dava à manicure a possibilidade de mudar de cidade, o que era a sua vontade. “Comecei a procurar em outras regiões, priorizando interior ou litoral, porque são lugares que acho tranquilo para terminar de criar meu filho. Encontrei esse apartamento na internet. Como Campinas é uma cidade boa, pensei que era uma oportunidade ótima, com mais segurança, dignidade e tudo que faltava lá”, diz.

As negociações para a compra do apartamento foram iniciadas em março, mas, enquanto os trâmites seguiam, ela optou por deixar a Favela do Moinho e solicitou o auxílio-moradia em maio, quando se mudou temporariamente para o Jardim Eliza Maria, na Zona Norte de São Paulo. As duas mudanças realizadas pela família, sendo a primeira para casa de aluguel e a segunda para o imóvel definitivo no interior, foram custeadas e acompanhadas pela Companhia.

O novo bairro escolhido pela família, por coincidência, leva o mesmo nome do distrito onde atualmente o Moinho está instalado. No entanto, apesar da casualidade, o Jardim Campos Elíseos, em Campinas, poderá oferecer um recomeço com mais qualidade de vida, uma vez que possui infraestrutura necessária para o desenvolvimento familiar, com fornecimento completo de serviços essenciais antes escassos no Moinho, como saneamento básico, rede elétrica regularizada e pavimentação, por exemplo. Além disso, o apartamento está próximo a comércios, equipamentos públicos e à rede de transporte.

“Não é só uma mudança de casa, é uma mudança de estrutura. Eu morava em um cômodo, agora eu tenho uma casa. A minha antiga rua não tinha pavimento, era de terra praticamente. Hoje eu tenho asfalto e loja na minha porta, tudo que eu preciso está aqui. Em questão de estrutura que o centro me oferecia pela proximidade com o Moinho, eu não perdi, eu continuo tendo o que eu tinha, mas só que com mais qualidade de vida. Eu saí dos Campos Elíseos em São Paulo para vir para o Campos Elíseos em Campinas. Foi uma total coincidência”, afirma Maria com um sorriso largo no rosto ao perceber a escolha feita sem querer.

A expectativa, a partir de agora, é de transformação. “Vida nova, casa nova, bairro novo”, exclamou a manicure com brilho nos olhos de empolgação em meio à mudança para o novo endereço. Para iniciar sua fonte de renda, ela pretende começar a divulgar os trabalhos para atender. “Trabalho por conta, então vou fazer minha clientela. Tenho todos os itens. Quem trabalha como manicure, funciona assim: eu faço uma unha, se a pessoa gosta, ela volta. Se a amiga dela vê e gosta, pede indicação. E assim ganho duas clientes”, explica ainda.

Além de Kauã, ela ainda possui outros dois filhos, Roney Almeida Cavalcante, de 11 anos, e Beatriz Almeida Cavalcante, de 16, que ficaram morando com o pai após a separação do casal. Se ambos quiserem, ainda de acordo com Maria, o plano da família pode incluir a mudança deles para Campinas, junto com a mãe e o irmão mais novo. O ex-marido também é morador do Moinho e já escolheu um imóvel na Zona Norte de São Paulo.

Mais de 57% dos moradores já se mudaram da Favela do Moinho

Em pouco mais de três meses após o início das mudanças, cerca de 467 famílias já se mudaram da Favela do Moinho, o que representa mais de 57% das 810 que aderiram voluntariamente ao plano de reassentamento estruturado pela CHDU para levar dignidade e segurança a essa população, que vive sob risco elevado e em condições insalubres. Além disso, outras 639 já possuem a unidade de destino selecionada.

O atendimento às famílias acontece por duas formas. Na primeira, elas podem optar por apartamentos oferecidos em um leque de 25 empreendimentos, em diferentes estágios: prontos, em construção ou com obras a iniciar. Já a segunda permite que busquem imóveis por conta própria, em qualquer região do estado, desde que atendam aos parâmetros do programa. Em ambas as possiblidades, as moradias devem custar até R$ 250 mil, a depender da localização.

Os imóveis não terão custos para quem possui renda mensal de até R$ 4,7 mil, de acordo com a parceria anunciada entre o Estado e o Ministério das Cidades em maio. Quem optar por uma moradia que ainda não está pronta recebe um caução de R$ 2,4 mil e, a partir do mês seguinte, um auxílio-moradia de R$ 1,2 mil. A medida também se estende a moradores que assinaram o contrato antes de a parceria ser firmada. Atualmente, aguarda-se o início da operação da Caixa Econômica Federal, complementarmente aos atendimentos que estão sendo realizados pelo Estado.

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