A divulgação de fake news sobre ações dos governos federal, estaduais e municipais nas enchentes do Rio Grande do Sul serão investigadas pela Polícia Federal (PF). O processo de apuração foi solicitado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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No pedido, o ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, aponta uma lista com nomes de influenciadores que vêm disseminando informações falsas sobre o trabalho de resgate de pessoas e sobre a recuperação dos estragos no estado. Segundo Pimenta, há “narrativas desinformativas e criminosas” que causam impacto no aprofundamento da crise social vivida pela população gaúcha.
As fortes chuvas e alagamentos no Rio Grande do Sul continuam causando estragos. Até a manhã desta quarta-feira (8), a Defesa Civil do estado apontava 95 mortes e quatro óbitos seguiam em investigação. A Defesa Civil informa, ainda, que 128 pessoas estão desaparecidas e há 372 feridos.
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Impacto das falsas informações sobre as ações no Rio Grande do Sul
No ofício encaminhado pelo governo federal, a Secom sinaliza o impacto das falsas informações. “Os conteúdos afirmam que o Governo Federal não estaria ajudando a população, de que a FAB [Força Aérea Brasileira] não teria agilidade e que o Exército e a PRF [Polícia Rodoviária Federal] estariam impedindo caminhões de auxílio. Destaco com preocupação o impacto dessas narrativas na credibilidade das instituições como o Exército, FAB, PRF e ministérios, que são cruciais na resposta a emergências. A propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das nossas instituições frente a tais crises”, diz o ofício.
De acordo com o Ministério da Justiça, a investigação irá apurar ilícitos ou eventuais crimes relacionados à disseminação de desinformação e individualização de condutas. O texto conta com informações da “Agência Brasil”.