O estado de São Paulo respondeu, sozinho, por quase 40% dos investimentos anunciados por empresas chineses no Brasil, entre 2007 e 2023. De um total de 264 empreendimentos, nada menos que 121 ficam em território paulista. Os números aparecem em relatório do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).
Já a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE) informou que apoia, atualmente, por meio da InvestSP (agência de promoção de investimentos vinculada à SDE), a implantação de 16 projetos de empresas chinesas no Estado, com investimentos que podem superar R$ 40 bilhões, além da geração de 16,5 mil empregos.
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Destaque para projetos como a fábrica da montadora de veículos GWM, em Iracemápolis, e a usina Termelétrica Cidade do Livro, da IBS Energy, em Lençóis Paulista. Também há iniciativas em setores como: alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos, móveis, químico e siderúrgico.
“O resultado é consequência do nosso esforço para promover o Estado lá fora como o melhor destino para investimentos na América Latina, o que tem impacto direto na geração de emprego e renda em São Paulo, uma das principais diretrizes do governador Tarcísio de Freitas”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jorge Lima.
A SDE mantém um escritório em Xangai, administrado InvestSP. A unidade desenvolve uma série de ações para promover o Estado na Ásia. SDE e InvestSP já promoveram a vinda de mais de 30 delegações chineses para São Paulo. Sem falar na participação em eventos, nas reuniões com empresários e nas missões internacionais realizadas pelo escritório.
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“Nosso trabalho inclui mostrar tudo o que o ambiente de negócios de São Paulo tem a oferecer, como a melhor logística do país, energia limpa, mão de obra qualificada e os principais centros de pesquisa e universidades do país. Além de entender as principais demandas dos investidores”, explica o presidente da InvestSP, Rui Gomes.
As equipes da SDE e da InvestSP também fazem a sondagem de mercado de vários projetos do Programa de Parcerias em Investimentos (PPI-SP) do Governo de SP, executado pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI). Por exemplo, o do Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas, cujo leilão foi vencido pelo consórcio C2 Mobilidade sobre Trilhos, que conta com a participação da chinesa CRRC.
Em 2024, a China foi o segundo maior parceiro comercial de São Paulo, atrás apenas dos Estados Unidos. A corrente de comércio com o país asiático (exportações + importações) chegou a quase US$ 25 bilhões.