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CDHU realiza primeiras mudanças de famílias da Favela do Moinho para apartamentos prontos na zona leste

8 de maio de 2025
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Os passos que Francisca Antônia de Lima percorreu ao lado das filhas Aylla, de 6 anos, e Maria, de 11, ao deixar a Favela do Moinho são em direção a uma nova vida. A família da auxiliar de limpeza, de 41 anos, é uma das quatro primeiras a se mudarem, nesta quarta-feira, da comunidade do centro de São Paulo para moradias definitivas na Cidade Líder, na Zona Leste de São Paulo, viabilizadas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).

O novo endereço proporciona mais conforto, dignidade e segurança para a família, que depois de pagar aluguel durante seis anos em dois cômodos precários e um banheiro, às margens da Linha 7-Rubi, da CPTM, na Favela do Moinho, conquistou a casa própria. “Eu estou saindo de um imóvel alugado, que só pagava e não tinha nenhum retorno. Agora eu vou pagar para morar em uma casa que no final eu tenho certeza que estará no meu nome. É uma satisfação porque sei que essa benção é para as minhas filhas. Eu estou muito feliz”, comemora Francisca.

Ampla escuta social e articulação interinstitucional marca o processo de cadastro das famílias da Favela do Moinho. Foto: Governo de SP

Os apartamentos escolhidos pelas famílias possuem quatro cômodos, distribuídos em dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Além disso, o prédio de três andares está localizado em uma área com infraestrutura ampla e necessária ao desenvolvimento familiar, próximo a comércios, equipamentos públicos e à rede de transporte coletivo. “Eu gostei muito do bairro. Vi que tem padaria, lanchonete, cabeleireiro, farmácia, muitos comércios variados. Estou muito satisfeita com a minha escolha. Eu não tenho palavras”, avalia Francisca.

A mudança de endereço também proporcionará uma nova realidade para Ângelo da Silva, de 27 anos. O autônomo mudou com a mãe para o Moinho aos 8 anos e, desde então, vive constantemente com situações de risco. “Quando eu era pequeno, passamos por quatro incêndios. Minha mãe perdeu tudo, e a gente chegou a morar embaixo da ponte. Ela conseguiu tudo de novo, por meio de doação, e construiu um barraco. Ela conseguiu sair, mas eu fiquei”, relatou.

Após se tornar pai, Ângelo passou a viver com os filhos gêmeos Everton e Evandro, de 8 anos, em uma moradia de chão batido, construída com madeira. A partir de então, a preocupação redobrou, já que, além do risco de incêndios, o local começou a alagar em dias de chuva e também a ter animais peçonhentos. “Até o fogão e a geladeira ficaram enferrujados. Era muita água entrando dentro do nosso barraco. Tinha escorpião em cima da cama, no sofá e até mesmo no banheiro, e outros bichos também”, fala. A conquista da nova casa é para ele uma oportunidade de recomeço. “É uma nova vida, sem preocupação em questão de incêndios, de bichos. Vai ter mais segurança para meus filhos”, comemorou.

O histórico de incêndios que ocorreram na Favela do Moinho também fez parte da vida de outros moradores. Marcos Daniel Oliveira, de 22 anos, que morava na comunidade desde que nasceu, também não tinha a tranquilidade de saber que não corria riscos. “Eu passei por muitos incêndios. O primeiro foi o do prédio. Minha avó e meu avô perderam tudo e tivemos que morar debaixo da ponte. Depois, mudamos para a favela do gato, que também pegou fogo. Voltamos para debaixo da ponte de novo, até que eles reabriram o terreno que estava fechado por causa do incêndio. Construíram casas e cederam uma para a minha mãe, mas ela conseguiu sair e deixou a casa para nós. Só que precisamos ir para o aluguel porque o barraco estava caindo”, conta.

Hoje, o entregador é casado com Rafaella Laureano, de 21 anos. Juntos, com a filha Ayla Mikaely, de um ano e um mês, o casal, que também espera pelo segundo bebê, morava em um único cômodo, pelo qual pagava R$ 700 de aluguel. “A gente está junto há mais de quatro anos, e nestes quatro anos, era para juntarmos dinheiro para comprar o nosso apartamento, mas como pagávamos aluguel, não conseguíamos. Tínhamos muitos gastos, com alimentação”, diz Rafaella, grávida de seis meses, ao explicar que, sem o plano da CDHU, não havia a possibilidade de comprar um imóvel próprio.

A família comemora por poder receber o novo bebê em um novo lar, longe de um ambiente insalubre. “Mudar para cá foi uma oportunidade melhor, uma mudança de vida para mim, para minha filha e para minha esposa. É um local bom. Por aqui também tem muita creche perto, escola, mercado tem muita coisa perto. O bairro é bom, tem tudo próximo”, conta Marcos, que já foi conhecer a vizinhança.

Mais dignidade e segurança: plano de reassentamento voluntário conta com quase 90% de adesão

O empreendimento na Cidade Líder é um dos 25 oferecidos pela CDHU a famílias no plano de reassentamento voluntário, que já tem 88% de adesão dos moradores da Comunidade do Moinho. Além das moradias ofertadas no centro da Capital, nos bairros Campos Elíseos, Vila Buarque, Brás e Barra Funda, também foram oferecidas unidades espalhadas em outras regiões da capital.

Até o momento, 151 famílias já realizaram a mudança. As famílias que optaram por unidades ainda em construção receberão auxílio-aluguel de R$ 800 por mês, valor dividido igualmente pelo Governo do Estado de São Paulo e pela Prefeitura. Além disso, a família também receberá no primeiro mês um caução de R$ 2,4 mil.

O reassentamento da comunidade é uma ação para levar dignidade e segurança a essa população, que vive sob risco elevado e em condições insalubres. Até o momento, 599 famílias estão habilitadas, ou seja, já estão aptas a assinarem contrato e irem para as novas moradias quando estiverem prontas. Além disso, 548 já decidiram o destino, seja para unidades apresentadas pela CDHU ou decidiram procurar seus imóveis para utilizar cartas de crédito oferecidas pelo Estado.

Para esse reassentamento definitivo das famílias, há duas modalidades prioritárias: a Carta de Crédito Associativa (CCA) e a Carta de Crédito Individual. Pelo CCA, o Estado fez um chamamento público ao mercado para receber propostas de unidades que já tenham ao menos as licenças emitidas, estando prontas para iniciar as obras a partir do aporte de recursos. Os empreendimentos podem, também, estar em obras ou, até mesmo, já concluídos. A modalidade acelera o ciclo de produção habitacional, pois já estão vencidas as etapas de obtenção de licenças e alvarás, além da elaboração de projetos.

Pela Carta de Crédito Individual, os cidadãos podem buscar unidades e apresentar para a CDHU, que fará uma avaliação de valor de mercado para seguir com a contratação. Nas duas modalidades, o valor limite é de R$ 250 mil para unidades na região central e R$ 200 mil para outros bairros, com possibilidade também de escolha, pelos moradores do moinho, de optar por moradias em qualquer outra cidade do Estado.

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