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Alunos do Centro Paula Souza criam soluções contra seca e desertificação

17 de junho de 2025
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Nesta terça-feira (17), data em que é celebrado o Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação, alunos e professores do Centro Paula Souza (CPS) mostram que a Educação Profissional e Tecnológica anda de mãos dadas com a inovação sustentável. No município de Jaú, por exemplo, na região de Bauru, a Escola Técnica Estadual (Etec) Prof. Urias Ferreira e a Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Jahu vêm desenvolvendo projetos com impactos reais no enfrentamento à escassez hídrica, degradação do solo e mudanças climáticas, contribuindo para segurança alimentar, valorização da agricultura familiar e preservação ambiental.

Contents
Restauração com valor econômicoTecnologia portátil no campo

Na Fatec Jahu, um dos destaques é a elaboração de uma metodologia replicável de captação de água de chuva, que busca otimizar o uso do recurso para fins não potáveis, como irrigação, limpeza e combate a incêndios. “Sempre trabalhei com soluções baseadas na natureza. Ao unir educação, tecnologia e sustentabilidade, criamos algo que pode ser implementado em qualquer unidade do CPS”, explica a professora do curso de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Valéria Lopes Rodrigues, idealizadora da proposta.

Alunos da Etec Jaú criam solução prática e barata para adubação em pequenas áreas

O projeto usa drones, softwares especializados e estações hidrometeorológicas para mapear áreas de captação e desenhar sistemas eficientes, com análise de viabilidade econômica e ambiental. O objetivo é criar um manual técnico de replicação, fortalecendo a resiliência hídrica de escolas e comunidades.

Para Ivan Lucas de Paula, aluno do curso e monitor no projeto, a iniciativa representa mais do que economia de recursos. “A importância dessa pesquisa, na minha concepção, é muito grande porque, além de contribuir para a redução do uso da água potável, traz questões de educação ambiental. A iniciativa serve de modelo também para outras instituições”, afirma.

De acordo com Valéria, a atuação educacional é vetor de transformação socioambiental: “O engajamento de alunos e professores mostra que é possível inovar com propósito e responsabilidade”.

Fatec Jahu desenha modelos hídricos eficientes com drones e dados climáticos

Restauração com valor econômico

Também na Fatec Jahu, o professor Jozrael Henriques Rezende lidera, no mesmo curso, pesquisas que buscam integrar conservação ambiental, produção sustentável e melhoria da qualidade de vida.  Um dos projetos em destaque é o Florestas Multifuncionais para a Recuperação de Passivos de Reserva Legal na Paisagem Rural Paulista, que propõe restaurar áreas degradadas por meio do plantio de espécies nativas da Mata Atlântica e do Cerrado. A proposta alia conservação ecológica à geração de renda, promovendo arranjos agroflorestais com produtos não madeireiros, como frutos, sementes e óleos, especialmente em áreas de baixa aptidão agrícola.

“A ideia é desenvolver modelos de florestas que sejam capazes de produzir conservando ou de conservar produzindo”, explica. O projeto viabilizou a implantação de um sistema experimental que associa linhas de conservação da biodiversidade com linhas de produção. Mais de 2 mil árvores já foram plantadas, incluindo espécies com alto potencial econômico, como baru, pitanga, grumixama e macaúba. Os primeiros resultados são promissores: o baru, por exemplo, apresentou o maior crescimento entre as espécies. Sua amêndoa já desperta interesse nos mercados nacional e internacional.

Desenvolvido no Núcleo de Pesquisa do Instituto Agronômico de Jaú, o modelo segue protocolos oficiais de monitoramento ecológico, contribui com políticas públicas como o Plano Diretor de Restauração Florestal da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Tietê-Jacaré e pode servir de referência para outras regiões do Estado.

Além desse trabalho, Jozrael coordena a pesquisa Floresta nas Paisagens Rurais e Urbanas, que une duas frentes de atuação. No meio rural, estuda o uso sustentável de espécies nativas em reservas legais e áreas de baixa aptidão agrícola. Já no contexto urbano, investiga modelos de arborização e áreas verdes como soluções baseadas na natureza.

“Estamos estudando modelos de arborização urbana e de áreas verdes como componentes da floresta urbana, para que estas áreas possam se tornar soluções baseadas na natureza”, afirma. A pesquisa, de caráter exploratório e experimental, utiliza diferentes áreas e objetos de estudo. A partir da análise dos dados, o grupo pretende desenvolver modelos replicáveis que contribuam com as demandas atuais da sociedade.

“Nosso objetivo é contribuir com soluções capazes de conciliar produção, qualidade de vida e conservação da biodiversidade, o que é, sem dúvida, um dos maiores desafios da comunidade científica hoje”, conclui o professor.

Tecnologia portátil no campo

Já na Etec Prof. Urias Ferreira, alunos do curso técnico em Agropecuária, sob orientação das professoras Juliana Santos e Maria Angélica Berchol da Silva Travessa, criaram uma mochila de adubação portátil e de baixo custo, voltada a pequenos produtores. “Observamos em aula prática a dificuldade de aplicar adubo em pequenas áreas. A partir daí, reaproveitamos materiais simples como canos de PVC e mochilas de napa para criar um aplicador funcional”, explica Juliana.

O equipamento desenvolvido pelos alunos Alec Gabriel Oliveira Mendes, Ana Letícia Casadio Souza  e Nícolas Corrêa Berthelli Batista Jugeick facilita o trato cultural em áreas agrícolas reduzidas e foi pensado como alternativa viável para produtores que não têm acesso a maquinário caro. O projeto foi destaque na 15ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), onde recebeu o Prêmio Mackenzie Jovem Empreendedor.

Além disso, a escola está ampliando seu impacto sustentável com um novo projeto para produção de hortaliças em sacos plásticos reutilizados, combatendo o desperdício de resíduos e as plantas daninhas de forma criativa e ecológica. “As alunas Beatriz Pereira Gesuíno, Emily Gabriele Lucídio Messias e Vitória Gabriela Biral adaptaram sacos que seriam descartados para cobertura de solo, permitindo melhor qualidade das colheitas e diminuindo a interferência de pragas”, relata a professora.

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