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Adolescentes da Fundação Casa homenageiam seus bairros em concurso de redação inspirado em música dos Beatles

23 de maio de 2025
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Cerca de 181 adolescentes que cumprem medida socioeducativa em 20 centros da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa) participaram no mês de março do concurso de redação “Minha Penny Lane”, inspirado na música homônima composta por Paul McCartney e eternizada pelos Beatles. No final do mês de abril, eles participaram de uma cerimônia virtual de premiação e apresentação de suas criações. Nesta primeira quinzena de maio, a dupla de jovens que venceu teve sua letra adaptada para o ritmo do rap, com gravação profissional no estúdio das Fábricas de Cultura Vila Curuçá, na zona Leste da capital paulista.

Contents
A ordem de classificação das cinco redações premiadas foi a seguinte:Confira a letra de “My Street Vilão”:Sobre a Fundação CASA

A atividade foi realizada em parceria com as Fábricas de Cultura, projeto da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e mobilizou as equipes pedagógicas da Fundação ao longo do mês de março. Primeiro, os adolescentes foram apresentados à música “Penny Lane”, à sua tradução e ao contexto de composição — criada a partir das memórias de infância de Paul McCartney e John Lennon sobre uma rua da cidade de Liverpool, na Inglaterra. Em seguida, cada jovem foi convidado a produzir uma redação a partir de suas próprias lembranças e referências territoriais.

Seguindo a proposta da canção — que retrata com afeto a rotina e os personagens de uma rua marcante para os compositores —, os adolescentes escreveram textos sobre seus bairros de origem ou cidades natais. Com um olhar atento e memória afetiva, descreveram suas quebradas com cenas do cotidiano, figuras conhecidas da vizinhança, aromas marcantes e reflexões sobre pertencimento e transformação social.

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As redações trazem referências locais como o mercadinho da “tia”, a barbearia do “parceiro que virou cristão”, o cheiro do pão fresco da padaria e as pipas que colorem o céu em dias de vento. Alguns trechos refletem com poesia e orgulho a vivência nas periferias:

“Hoje rua de asfalto, internet, casarão. Antes, casa de barraco, rua de barro, orelhão. É my street, vilão.”

“Nosso teto é o melhor lugar pra se morar.”

“Todo mundo por aqui tá buscando mudar de vida. No fim da minha rua tem uma barbearia. Ela é do meu parceiro que corta vários cabelos, antes era vida loka…”

“Quando o dia está ensolarado e ventando, sempre encontramos pipas no ar; são tantas cores que fazem parecer que o céu não é azul.”

A ordem de classificação das cinco redações premiadas foi a seguinte:

• 1º lugar: “My street vilão”, de dois adolescentes da Fundação CASA Guarulhos;• 2º lugar: “Onde eu venho e cresci”, de um jovem da Fundação CASA Marília;• 3º lugar: “Penny Lane é minha Brasilândia”, de um jovem da Fundação CASA Ouro Preto, da capital paulista;• 4º lugar: “Santo Anastácio é o lugar”, de uma adolescente da Fundação CASA Feminino de Cerqueira César, da cidade de Cerqueira César;• 5º lugar: “Minha rua nas minhas memórias”, de um jovem da Fundação CASA São Paulo, na capital paulista.

Para a presidente da Fundação Casa, Claudia Carletto, a iniciativa revela o potencial criativo e artístico dos adolescentes. “Esse projeto mostra que há muita potência e sensibilidade nesses jovens. Quando eles se reconectam com suas raízes de forma criativa, afirmam sua identidade e constroem novas possibilidades de futuro. É sobre dar voz e espaço para que eles se reconheçam e sejam reconhecidos”, diz.

Já o superintendente das Fábricas de Cultura, Renato Barreiros, destaca a importância da arte como ferramenta de transformação. “As Fábricas de Cultura foram criadas para democratizar o acesso à arte e à criação. Essa parceria com a Fundação CASA amplia esse propósito e reforça que a cultura é um direito de todos — inclusive de quem está em processo de reconstrução de vida. Esses jovens não só escreveram sobre suas ruas, como também nos mostraram o Brasil profundo que pulsa nas periferias”, afirma.

O projeto “Minha Penny Lane” une literatura, música, memória e território, e representa mais uma ação para promover o protagonismo e a expressão cultural dos adolescentes em medida socioeducativa.

Confira a letra de “My Street Vilão”:

“Eu sentado na calçada espairecendo minha mente. Percebi ao meu redor que minha rua tá diferente. Tá mais calma e atraente, não como antigamente. Não tem mais corpo jogado na esquina, um indigente.Todo mundo por aqui tá buscando mudar de vida. No final da minha rua tem uma barbearia. Ela é do meu parceiro que corta vários cabelos, antes era vida loka [sic] mas viu que não é desse jeito. Hoje em dia tá tranquilo, tá casado e tem dois filhos. Quem diria, o Juninho tá fiel com Jesus Cristo.

Do lado do salão dele tem uma loja de pipa. Ela é do Alemão, outro brother das antigas. Faz vários campeonatos, quando tem e ’mó folia’ [sic]. As ruas de cima vêm, nós corta, apara e faz a limpa [sic].Não posso esquecer do mercadinho da Tia. Foi várias fita fiado [sic] pra pagar no outro dia. Lembra do bar do seu Zé onde tudo acontecia, tinha funk, arrastapé, sinuca brigava todo dia [sic].

Lembrei do jogo do bicho que apareceu pro seu Chico. Quando ele viu o porco ele gritou “eu tô rico”. Foi cachaça a noite toda de graça pra rua toda. A mulher dele brigou e acabou com aquela zorra.Nesse bar foi várias fita [sic], mistura de sentimento. Uns bebem pra se alegrar, outros pra congelar o tempo. Vários acontecimentos que eu vou levar de exemplo, vou viver esse momento aproveitando enquanto é tempo.Hoje rua de asfalto, internet, casarão. Antes, casa de barraco, rua de barro, orelhão. É my street vilão.”

Sobre a Fundação CASA

A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.

Mais informações em: https://fundacaocasa.sp.gov.br/.

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