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SP investiga biomarcadores para a detecção precoce da doença de Alzheimer

29 de junho de 2025
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Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estão desenvolvendo um painel de biomarcadores para a detecção precoce da doença de Alzheimer e para a diferenciação da doença de outros tipos de demência, por meio de testes de sangue. O projeto de pesquisa, apoiado pela FAPESP, tem como base a análise do genótipo de 500 voluntários com e sem a doença.

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Um dos achados mais recentes do grupo de pesquisadores, publicado na revista Neurobiology of Aging, foi a identificação de que uma alteração genética rara – relacionada à doença de Alzheimer – também está associada a níveis elevados da proteína ADAM10. No trabalho, 85 indivíduos com comprometimento cognitivo e a condição genética apresentaram níveis elevados da proteína no sangue.

A proteína é conhecida entre os cientistas pelo papel de clivar (quebrar) a proteína precursora da beta-amiloide, impedindo assim a formação de placas no cérebro – um dos marcos da doença de Alzheimer.

“A ADAM10 é uma antiga candidata a biomarcador da doença de Alzheimer que, nos últimos anos, tem ganhado destaque devido ao avanço de equipamentos ultrassensíveis que permitem detectar essas moléculas em concentrações muito baixas no plasma sanguíneo”, explica Márcia Regina Cominetti, do Laboratório de Biologia do Envelhecimento (Laben-UFSCar), uma das coordenadoras do projeto.

De acordo com o estudo, a condição genética (alterações no alelo E4 do gene APOE) pode resultar no aumento de moléculas ADAM10 inativas no sangue. Isso, portanto, reduziria a quantidade de moléculas ativas – diminuindo também a capacidade de inibir a formação de placas beta-amiloide no cérebro.

Doença complexa

A doença de Alzheimer é a principal causa de demência no mundo, afetando mais de 35,6 milhões de pessoas. Além de não ter cura, seu diagnóstico continua sendo um grande desafio para a medicina. Quanto antes for identificada, maior a possibilidade de adiar o aparecimento de seus sintomas. Isso porque até agora a provável reversão do processo neurodegenerativo só é possível em um estágio anterior da doença, conhecido como comprometimento neurocognitivo leve – caracterizado por declínio cognitivo, mas sem afetar significativamente a funcionalidade do indivíduo.

Nesse contexto, os pesquisadores da UFSCar buscam desenvolver testes sanguíneos de prognóstico com base na ADAM10 capazes de identificar, entre os indivíduos com comprometimento cognitivo leve, quais têm maior risco de desenvolver Alzheimer.

“Nossos estudos indicam que não apenas no caso dessa condição rara, mas também nas outras causas de doença de Alzheimer, a ADAM10 atua numa via anterior ao processo de formação das placas beta-amiloide. Com isso, é possível, se tudo correr como a nossa hipótese prevê, que ela seja um marcador prognóstico, indicando, antes da formação desses marcos patológicos, se a pessoa tem chance ou não de desenvolver a doença”, diz a pesquisadora.

Cominetti ressalta que, atualmente, a detecção de placas beta-amiloide no cérebro e da proteína TAU hiperfosforilada (outro marco da doença de Alzheimer) apresenta alta precisão no diagnóstico. “No entanto, diferenciar uma demência da outra ainda é um grande desafio. Nesse sentido, uma combinação de biomarcadores poderia, por exemplo, viabilizar triagens populacionais mais amplas por meio de exames de sangue”, afirma.

Por meio de uma parceria entre os departamentos de Química e Gerontologia da UFSCar, o projeto de pesquisa desenvolveu um sensor que se baseia nos níveis de ADAM10 do sangue para diferenciar idosos saudáveis ou com Alzheimer. O teste ainda está sendo validado em estudos com os 500 voluntários.

“Estamos caminhando em busca de marcadores de prognóstico para a doença. Muitas pessoas se perguntam qual o motivo de buscar um diagnóstico, se ainda não existe a cura para o Alzheimer. O fato é que trabalhamos no longo prazo. Em algum momento pode aparecer uma cura e então será de extrema importância ter um método diagnóstico como o que estamos nos propondo a desenvolver”, diz.

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Outro aspecto importante do projeto destacado por Cominetti é a construção de um banco de dados diverso não só geneticamente, mas também muito heterogêneo em fatores de risco para o Alzheimer, como escolaridade, renda e qualidade de vida. “Finalizamos o sequenciamento genético dos 500 voluntários, criando um banco sem igual no mundo. Além de refletir a variabilidade genética brasileira, o banco de dados é resultado de uma população que apresenta características distintas da do Norte Global, onde a maioria das pesquisas é conduzida. Isso é importante, pois é sabido que a relevância dos fatores de risco para Alzheimer pode variar entre regiões ricas e pobres”, explica Cominetti.

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