O Governo de São Paulo deu importante passo para a transferência de sua sede para a região central da capital com a construção do Centro Administrativo Campos Elíseos. O Conselho Gestor do Programa de Parcerias Público-Privadas (CGPPP) autorizou a publicação do edital de licitação, além da modelagem final ofertada. A previsão é que o documento seja publicado até o fim do primeiro semestre e que o leilão ocorra até o fim deste ano. A deliberação foi realizada na quinta-feira (29).
Com investimento estimado de mais de R$ 5,4 bilhões, o projeto do Centro Administrativo Campos Elíseos vai centralizar as sedes de secretarias estaduais e órgãos da administração pública direta atualmente espalhados pela capital paulista.
Entre janeiro e março, o projeto recebeu contribuições da sociedade civil e de empresas em importante processo de consulta pública que contou com duas audiências públicas e mais de 260 manifestações.
Como vai funcionar
O projeto prevê a concentração de 22 mil servidores, que hoje estão distribuídos por mais de 40 imóveis da capital, em um único complexo moderno, promovendo eficiência administrativa, economia e valorização do patrimônio público.
Além da requalificação urbana da região, com restauro de 17 imóveis tombados, a iniciativa também prevê estímulo ao comércio local, com a geração de 38 mil empregos diretos e indiretos durante as obras e 2,8 mil novas oportunidades formais no comércio e serviços locais.
A escolha do projeto do novo Centro Administrativo contou com a participação de arquitetos de todo o país, em um dos maiores concursos do Brasil. O escritório Ópera Quatro Arquitetura saiu vencedor. A proposta visa construir prédios de diferentes tamanhos, criar fachadas ativas, implantar técnicas sustentáveis, respeitando a história do centro histórico.
A proposta para o novo Centro Administrativo inclui o alargamento das calçadas, fachadas ativas e novas áreas de uso público, que permitem a circulação de pessoas e a instalação de lojas para funcionar de dia e à noite e aos finais de semana. Estão previstos, por exemplo, espaços para comércios, serviços, restaurantes, café e áreas de convivência, para além dos escritórios administrativos do Governo.
A concessionária que vencer o leilão ficará responsável pela construção e administração da nova sede. Ela deverá contratar o projeto escolhido pelo concurso arquitetônico.