A Polícia Civil e o Ministério Público (MP) pediram a prisão do motorista do Porsche que matou Orlando da Silva Viana, na avenida Salim Farah Maluf, em São Paulo, mas o pedido foi negado pela terceira vez nesta terça-feira (30).
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Entretanto, Fernando Sastre de Andrade Filho se tornou réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, segundo determinação do juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri.
O magistrado alegou que o pedido de prisão preventiva não foi aceito porque se baseava em “presunções e temores abstratos”.
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Fernando responderá em liberdade até passar por uma audiência de instrução e por um júri popular. Caso seja condenado, o empresário pode ficar preso por mais de 20 anos.
O pedido
Em favor do pedido da Polícia Civil, o MP pediu a prisão preventiva de Fernando, responsável pela morte de Orlando e por ferir gravemente seu amigo Marcus Vinicius Machado Rocha, nesta segunda-feira (29).
Segunda a promotora Monique Ratton, a prisão do empresário era necessária “para evitar que o denunciado, como já fez ao longo das investigações, influencie as testemunhas”.
Diferente do delegado responsável Milton Burguese, que solicitou o encarceramento de Fernando alegando se tratar de um caso que gerou muita comoção social e, portanto, deveria ser passível de punição para que se dê o exemplo.
A investigação
Fernando dirigia seu Porsche, no dia 31 de março, na avenida Salim Farah Maluf, em São Paulo quando colidiu com a traseira de um Sandero a 114,8 km/h.
Antes do acidente Fernando e seu amigo Marcus haviam saído com suas namoradas para um restaurante, onde teriam consumido oito drinks de uísque e uma caipirinha.
Em seguida, o grupo se dirigiu a uma casa de pôquer, e, de acordo com imagens de câmeras de segurança, já na saída do local o empresário e sua namorada discutiam. No fim, ela entrou no carro da namorada de Marcus, enquanto Fernando foi acompanhado de seu amigo, segundo informações do “G1”.
Após a batida, policiais atenderam a ocorrência liberaram o motorista do Porsche sem realizar o teste do bafômetro. Imagens das câmeras corporais dos agentes registraram o momento em que Fernando é abordado e, logo depois, liberado.
*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita