A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou uma vacina destinada à prevenção do vírus sincicial respiratório (VSR) em bebês. O agente patogênico causa infecções respiratórias e é o principal causador da bronquiolite infantil.
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O VSR é responsável por 75% dos casos de bronquiolite, principalmente entre crianças com menos de dois anos. Nessa faixa etária, a letalidade em decorrência da infecção é maior.
Quando infectada por uma bronquiolite, a criança tem uma maior produção de muco nos pulmões e, por isso, encontra mais dificuldade para a chegada do oxigênio ao sangue.
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A vacina contra bronquiolite
A vacina é chamada de Abrysvo e é descrita como bivalente, visto que é composta por dois antígenos da proteína de superfície F do VSR.
A administração é intramuscular e é tomada em dose única. Para gerar a proteção nos bebês, o imunizante é aplicado nas grávidas. De acordo com a Anvisa, o imunizante deve ser aplicado durante o segundo ou terceiro trimestre da gestação.
“Como todo medicamento, foram observados alguns efeitos colaterais na administração do imunizante, sendo os mais comuns: dor no local da vacinação, dor de cabeça e dor muscular”, destacou a agência.
“Ainda assim, a totalidade das evidências apresentadas à Anvisa foi capaz de demonstrar que os benefícios da vacina são superiores aos seus riscos”, complementou.
A Anvisa já havia autorizado o registro de outra vacina também destinada à prevenção de doenças causadas pelo VSR, chamada de Arexvy, da farmacêutica GlaxoSmith Kline. Contudo, a indicação desta é restrita para a população com 60 anos ou mais.
O que é a bronquiolite?
A bronquiolite é uma síndrome respiratória que prejudica as vias aéreas. O vírus se multiplica nas células do aparelho respiratório superior (nariz, faringe e laringe).
Essa síndrome é uma infecção junto de uma inflamação dos bronquíolos, que são uma ramificação dos brônquios (que são uma divisão da traqueia, a continuação da laringe).
Sintomas da bronquiolite
Nos primeiros dias após a infecção pelo vírus VSR, os sintomas mais comuns a serem apresentados são os de febre e coriza.
Após cerca de quatro ou cinco dias, a doença evolui para sintomas nas vias aéreas inferiores, provocando tosse, cansaço, falta de ar, entre outros relacionados.
Na criança, devido a via aérea ser menor e mais estreita, a passagem de ar prejudicada leva a uma maior quantidade de sintomas. Em alguns casos, a tosse, além de causar desidratação, pode ser tão intensa a ponto de causar vômitos.
Devido a isso, o uso de hidratação intravenosa acaba sendo recorrente para ajudar na recuperação da criança, que fica sem apetite.
Tratamento
A bronquiolite é tratada conforme os sintomas aparecem. Caso apresente febre, a criança será tratada com antitérmico. Para a coriza, é recomendado uma lavagem nasal e, se evoluir para um quadro de via aérea inferior, pode ocorrer a necessidade de hospitalização, dependendo da idade e comorbidade.
No entanto, somente um profissional qualificado pode avaliar cada caso e indicar o melhor tratamento.
Prevenção
A melhor forma de prevenção é lavar constantemente as mãos, usar álcool em gel e deixar os ambientes ventilados.
Como o vírus fica nas secreções das vias aéreas do paciente infectado, a lavagem nasal também é recomendada. As crianças doentes não devem ser levadas para a escola porque a chance de contaminar os amigos é muito grande.