O centro de São Bernardo do Campo chegou a apresentar qualidade do ar “muito ruim” em fevereiro deste ano. A cidade foi a única na Grande São Paulo entre as analisadas a alcançar o índice, de acordo com a Cetesb.
Siga as notícias da Gazeta de S.Paulo no Google Notícias
Por outro lado, Diadema foi a única a não ter qualidade do ar “ruim” ou “muito ruim” entre as que tiveram a medição feita para concentração de ozônio. O município ficou entre os índices “boa” ou “moderada”.
As cidades da Grande São Paulo que tiveram a qualidade do ar medida pela Cetesb em fevereiro foram, além do centro de São Bernardo do Campo e Diadema: Carapicuíba, Guarulhos-Paço Municipal, Guarulhos-Pimentas, Mauá e Santo André-Capuava.
Faça parte do grupo da Gazeta no WhatsApp e Telegram. Mantenha-se bem informado.
São Caetano do Sul também tem estações de medições da Cetesb, mas os dados estavam indisponíveis “devido a questões operacionais”.
A concentração de ozônio, conforme a própria companhia, pode causar agravamento para toda a população “dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda falta de ar e respiração ofegante”.
Os efeitos podem ser ainda mais graves à saúde de grupos sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas. Os dados estão Boletim Mensal da Qualidade do Ar para o Estado de São Paulo.
O que é o ozônio
O poluente medido pela Cetesb é o ozônio, formado pela reação entre os óxidos de nitrogênio (emitidos por processos de combustão, veicular e industrial) e dos compostos orgânicos voláteis (emitidos em queima de combustíveis automotivos e em processos industriais), na presença de luz solar.
Historicamente, de acordo com a Cetesb. as concentrações mais elevadas ocorrem com mais frequência no período da primavera e do verão, época em que a incidência da radiação solar é mais intensa e as temperaturas são mais elevadas.
Situação alarmante no ar da Capital
O ar da cidade de São Paulo está cada vez mais poluído. Nos últimos três anos, a concentração de ozônio na Capital disparou em todas as estações de monitoramento da Cetesb.
O quadro, porém, pode ter sido ainda pior. Em fevereiro, quatro das 15 estações da Cetesb não estavam em operação ou captaram dados incompletos ao longo dos 29 dias do mês.
Níveis de qualidade o ar
A qualidade do ar é classificada pela Cetesb de em cinco níveis: boa, moderada, ruim, muito ruim e péssima. Entenda como os níveis podem afetar a saúde da população:
Moderada
Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas) podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço.
Ruim
Toda a população pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas) podem apresentar efeitos mais sérios na saúde).
Muito ruim
Toda a população pode apresentar agravamento dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda falta de ar e respiração ofegante. Efeitos ainda mais graves à saúde de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas).
Péssima
Toda a população pode apresentar sérios riscos de manifestações de doenças respiratórias e cardiovasculares. Aumento de mortes prematuras em pessoas de grupos sensíveis.